Sobre primeiras impressões e hipocrisia

Até que ponto você conhece alguém?

Você consegue definir quem é fulano ou ciclano baseando-se apenas na sua convivência contigo? É justo definir alguém apenas por suas impressões?

E se contigo ele é super amigo, e com o Zé ele seja mal educado?

E se ele finge que te adora porque tem interesses obscuros em algo?

E se na verdade, ele não é nada daquilo que tenta ser quando está perto de ti?

Porque todos nós temos nossas proteções.  Paredes invisíveis que criamos ao longo dos tombos que a vida e outras pessoas nos dão. Barreiras formadas de máscaras e cacos de corações quebrados colados com fita adesiva.

E se ele jurou saber o que é amor, e quando te encontrou descobriu que não sabe nada sobre sentimento? Tudo que ele sabia, caiu por terra.

Todas suas proteções, seus devaneios que com um olhar, podem deixar de fazer sentido.

E se todas as explicações que ele te dá, são uma maneira secreta de dizer que não se sabe de nada?

E se surgir amor e sentido em meio ao caos? E se a paz não for assim tão divertida quanto pregam por aí?

E se aquela menina que você se atreveu a chamar de puta porque usava uma saia curta demais tiver o maior coração do mundo?

As impressões que nós, como indivíduos formamos de alguém não definem necessariamente quem eles são. Baseiam-se apenas em leituras pessoais de outros seres. Que podem surpreender a qualquer momento e modificar tudo aquilo que você tinha pensado sobre eles (e normalmente o fazem).

Julgar, rotular ou criticar alguém que mal se conhece é baixo e mesquinho, além de ser uma demonstração de falta de caráter. Afinal, é mais fácil criar títulos instantâneos sobre alguém do que conhecê-lo de fato, o que levaria tempo, análise e provavelmente tiraria você da zona de conforto.

Primeiras impressões são perigosas: Podem criar barreiras mentais sobre opiniões. Podem influenciar opiniões alheias. Podem estragar relações que mal começaram.

Solução? Não tem. Apenas uma cabeça aberta para segundas, terceiras e quartas impressões . Porque verdade absoluta, não existe. E se existisse, seria muito hipócrita de sua parte pensar que lhe pertenceria.

Agora SaiDaqui!

autor: Amanda Armelin

Bocuda, nerd, tatuada. Cervejeira de carteirinha e louca por cachorros (principalmente bulldogs). Além do sorriso no rosto, mantém paixão absoluta por bacon e sexo.

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4 comentários

  1. Não tem como não comentar, né!?

    Mais uma vez, excelente post.Confesso que, como qualquer ser humano, já tive (e ainda tenho, claro) o maldito hábito de julgar; porém, com treinamento, repetição e auto-vigilância constante consegui mudar esse hábito. Sou quase que um advogado da outra parte: quando minha mente se apronta para julgar e criticar ela (ou outra parte dela – rsrs) faz o papel de defender ferrenhamente a quem julgo.

    Por fim, gostaria de ressaltar uma parte intertessante: “Apenas uma cabeça aberta para segundas, terceiras e quartas impressões”; muito bem colocado! Aquele (ou aquilo) que consideramos ruim em um primeiro momento, se DERMOS A OPORTUNIDADE, poderá se mostrar bom e, tratando-se de pessoas, até tornarem-se amigos (exp. própria).

    Abraço.

  2. Olha te digo que é a primeira vez que olho e vejo seu blog e descobri ele graças ao Twitter claro!
    Honestamente,curti demais seu texto e vc disse tudo,preciso completar mais algo?
    Ahhh e pior q levamos a culpa por ter uma impressão q as vezes depois se descobre que não é,não consigo entender!Tem pessoas que com o seu jeito de ser nos induzem a isso!INFELIZMENTE O MUNDO É ASSIM IMPREVISÍVEL DEMAIS!
    Aliás que tem de pessoa que nos julga a cada instante até a orelha da gente pega fogo!
    beijos Amanda!!
    e quando eu voltar a ter paciência com o twitter,até favoritei pra dar RT depois e ajudar a divulgar!
    meu blog: igoresportes.blogspot.com e no twitter @blogdoigor05 pra quem gosta de esporte e quiser seguir!

  3. Excelente texto, meus parabéns.

  4. Essa conversa me parece familiar…

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