O dia em que fui pedida em casamento

Se é pra falar, que seja escancarado. Essa é nossa história, nua e crua, com detalhes do pedido de casamento s2

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Há dois anos e meio, conheci um cara meio que sem querer, enquanto trabalhava na cobertura da Campus Party. Ele era amigo de uma amiga em comum, e enquanto conversávamos (eu e ela) ele passou falar um oi.
Mais tarde, fui despedir-me de outros amigos na bancada, e lá estava ele novamente: dei tchau.

Não sabia seu nome, não houve interesse. Seria mentira pintar o relato e dizer que foi amor à primeira vista. Não foi.
Mas ele descobriu meu nome, encontrou meu Facebook, e me adicionou. Aceitei porque reconheci a foto, mas nunca puxamos conversa.

Meses depois, em uma noite solitária assistindo filmes (o filme era Alien, rs) ele decidiu me chamar no Facebook e perguntar, sem ao menos um oi, o que ele tinha que fazer para “fazer parte da minha vida”. Surpresa pela audácia do moço tímido da Campus Party, respondi que tínhamos vários amigos em comum, e que seria fácil dar um jeito de tomarmos uma cerveja juntos.

Várias conversas e muita insistência depois, marcamos de tomar uma cerveja para conversarmos e nos conhecermos melhor, antes de um evento que eu participaria. No horário marcado, encontramo-nos na Av. Paulista, antes de descer a Augusta para tomarmos umas cervejinhas.

Um olhar, um abraço, algumas cervejas e muita conversa depois, ele (já alegre pelo efeito do álcool) ainda me acompanhou no evento e depois, no táxi até em casa. Pasmem: sem tentar nada.
Saímos mais algumas vezes depois, e em meio a alguns encontros perfeitos, a paixão cresceu. Mas, meu jeito moleque, libertino e extrovertido assustou-o. No medo de amar sozinho e achar que eu não quisesse nada mais sério, ele sumiu.

Eu, brava, deixei o orgulho falar mais alto e não fui atrás. Segui a vida fingindo que ele não tinha mexido comigo, que ele não era o cara dos meus sonhos. Por mais de um ano afastamo-nos. Ele, com mensagens esporádicas, eu, com respostas ásperas.

Até que a vida deu as voltas e a maturidade que precisava para ambos, e um “oi” bastou para reascender tudo que tinha ficado mal resolvido no passado. Marcamos um jantar de “DR” para que todas as cartas fossem colocadas na mesa. Em uma dessas cartas, ele disse que viajaria por mais de um mês.

Pedi então que ele fosse, e que só me procurasse na volta, porque não seria justo ficar sofrendo por antecipação. Mas esse tempo serviu para termos ainda mais certeza do que sentíamos, e ao voltar de viagem, ele já me esperava na porta de casa (sim, no mesmo dia) , com um buquê de rosas e um lindo pedido de namoro (sim, antes de qualquer beijo ou conversa).

A rotina do último ano só me provou mais do que eu já sabia: aquele cara que eu havia sonhado a vida toda existia sim. Cheio de romantismos, detalhes e emoções que eu nunca havia sentido. Por um ano exato namoramos, e confesso que tem sido muito fácil conviver com ele: tem respeito, amizade, preocupação, amor e carinho.

Ontem, 29/04/2014, completávamos um ano de namoro, e ele não fez por menos: romântico como sempre, levou-me em nosso restaurante favorito, onde tinha deixado rosas, pétalas e velas e tivemos um jantar muito agradável. Mas a noite ainda reservava mais para o coração derretido dessa que vos escreve.

No táxi de volta pra (agora nossa) casa, ele pediu que o taxista tomasse outro caminho. Descemos na Avenida Paulista, toda cheia de gente, bem no local onde nos vimos antes de nosso primeiro encontro. Só de estar ali, da delicadeza dele me ter levado onde tudo começou e ter entregue mais um buquê de rosas, meu coração (e os olhos) transbordaram amor.

Mas havia mais a ser dito, e com o coração quase saltando pela boca (eu podia sentir o nervosismo dele), ele respirou fundo e disse que ali, onde tudo começou, ele tinha certeza que havia encontrado o amor, e que por isso, perguntaria, (já ajoelhando) se eu queria casar com ele.

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Fui tão espontânea que gritei. Chorando, respondi que “sim, mil vezes sim” e abracei-o. Colocamos as alianças, e sob os olhos de todo mundo que estava ali em volta, sorrindo pra gente, fomos embora.

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Mas a noite reservava ainda uma última surpresa: aquele momento nosso, íntimo e especial, havia sido registrado pelas mãos e astúcia (além de habilidades ninjas) do amigo e fotógrafo Marco Aurélio, é graças à ele que vocês podem sentir um pouco do que senti (e ainda estou sentindo) ali.

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Estou noiva. Estou feliz. Estou (ainda mais) apaixonada.
Te amo, Tiago (agora noivo).

autor: Amanda Armelin

Bocuda, nerd, tatuada. Cervejeira de carteirinha e louca por cachorros (principalmente bulldogs). Além do sorriso no rosto, mantém paixão absoluta por bacon e sexo.

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5 comentários

  1. Caraca… Que história linda Amandinha 🙂
    Felicidades sempre e torço como nunca!
    Suor hetero brotou de meus olhos… Obrigado por compartilhar o momento <3

  2. Amanda… que lindo… Muito feliz por vcs!!!!

  3. Menina do céu, sou esposa do Paulo Sarate, seu ex colega da Dell. O Paulo sempre falou muito em vc que lhe admirava muito pelo seu carisma e caráter, enfim, somos amigas no Face, mas não te conheço pessoalmente ( o que seria uma honra). Mas estou aqui por meio deste para lhe dizer que sou muito sua fã, acompanho alguns trabalhos seus e adoro. E agora esta SURPRESA do seu noivado foi lindo de ler e imaginar a cena com meus olhos cheio de lágrimas. É com IMENSA alegria que desejo ao casal toda a FELICIDADE do mundo, e que seja eterno enquanto dure esse amor (QUE DURE PARA TODO O SEMPRE).
    De sua fã e agora de seu noivo também..

    Att

    Vanessa Pereira Sarate.

  4. Seguinte! Amamos muito você … mas já amamos o Thiago mais do que ele imagina!!! Querida Amanda se vc não aceitar este pedido de casamento KKKKKKKKK será banida da família e adotaremos o Thiago!! PORTANTO NÃO PERCA ESTA OPORTUNIDADE DE SER FELIZ… AO LADO DE NOSSA FAMÍLIA… E DO THIAGO!!!
    Parabéns e muitas felicidds!!!

  5. Anw, que linda história… chorei aqui… Felicidades mil a vcs dois <3

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