Vomitando 2012…

 

Sabe o que é? 2012 foi um ano bem tenso.

Daqueles que a gente começa animada, desejando que tudo seja diferente e que a vida melhore e estabilize as coisas e feito criança fazendo pirraça, o desgramado do ano faz questão de te proporcionar justamente o contrário. É tipo o universo rindo da sua cara.

Mas como tudo na vida, tudo que corrói, machuca e deixa cicatrizes, também ensina. Ouso dizer que na retrospectiva clichê que todos fazem (mesmo que rápida e mentalmente) 2012 me fez mais mulher.

Ganhei meu primeiro cabelo branco (é sério) e talvez algumas rugas.

Mudei de estado (de novo) por promessas profissionais que não foram nem de perto cumpridas. Isso porque vinha de peixe grande, gente com nome. Enfim, tomei tombo (pra não dizer que tomei no cu) e bola pra frente.

Tive que morar de favor (o que nunca havia feito desde os 17) e nesse meio de caminho conheci gente palhaça (literalmente): com alma colorida, divertida e especial – o que me deu um pouco de sorrisos de volta.

De novo me fodendo ao descobrir mentiras no meio de um relacionamento que (eu pelo menos) julguei sério. Sozinha e sem trampo num estado novo, morando de favor, descobri que gente importante também tem coração, e ganhei uma puta oportunidade de fazer o que gostava. Por lá fiquei uns meses e curti bastante, achando que a vida ia finalmente, estabilizar e cicatrizar o coração. Até que veio o diabo (chamem como quiser) e me ofereceu três vezes o salário, além de moradia paga pela empresa (em outra cidade), e aceitar foi uma das piores decisões que tomei na vida.

Tive por dois meses minha independência de volta: meu canto, minhas coisas, e o pior emprego que alguém podia querer. Assédio moral, gente sem escrúpulos e de volta pra SP, novamente sem emprego, entendi que não era pra ser meu ano.

Tive que reaprender umas 8x quem eram realmente meus amigos, e me decepcionei com vários que achei que eram.

Cogitei 1001 vezes voltar pro interior. Cogitei umas duas tocar o foda-se e viver de vender coco na praia (sério). Acho que 2012 foi o ano em que mais chorei e me decepcionei na vida. E me deixa triste saber que é tudo culpa minha: por ter acreditado em falsas promessas e ter esperanças em quem não deveria.

Fiquei no negativo por muito tempo, e não me refiro apenas ao extrato bancário. Tomei novamente as rédeas e decidi dar a volta por cima: novo emprego, novo namorado, tudo indo bem. E aquele medo constante de ser enganada ou derrubada pelo acaso que não passou (e não acho que passará).

Ficou de lição pra mim que todas as pessoas eventualmente vão nos machucar, e que, infelizmente, as que gostamos mais têm maiores poderes para tal. E que se a gente não engole os sapos, não restam alegrias. Desse monte de clichê que dizem por aí, depois da tempestade acho que é a gente mesmo que faz nossa calmaria.

Abandonei pessoas, conheci outras. Porque esse é o rumo que a vida segue. E que fez 2012 terminar neutro. Apesar dos medos, acho que tenho um único desejo SINCERO para todos que fizeram parte da minha vida esse ano que passou: que recebam em dobro todas as sensações que me proporcionaram (sejam elas boas ou ruins).

E que 2013 cumpra a promessa de ser mais estável. Meu estômago não aguentaria outro 2012.

Vem 2013, vem ser diferente e trazer paz pro coraçãozinho dessa que vos escreve. Serei boa menina, prometo.

SaiDaqui!

autor: Amanda Armelin

Bocuda, nerd, tatuada. Cervejeira de carteirinha e louca por cachorros (principalmente bulldogs). Além do sorriso no rosto, mantém paixão absoluta por bacon e sexo.

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