Celebrar o finito

Não há mal que perdure, insatisfação que acomode ou saudade que mate.

Não há falta de dinheiro ou excesso dor capaz de tirar um sorriso sincero do rosto de quem ganha um abraço.

Não há emprego, tarefa ou pessoa que ocupe 100% do seu tempo. Muito menos amigos que consigam/aceitem ficar com nada de atenção.

Não há ausência insubstituível, nem mágoa que dure pra sempre.

Não há dia ruim que não acabe, nem tristeza que novos amigos não curem.

Não há amor que dure pra sempre, mas há inspiração eterna por como ele faz sentir.

Na verdade, não há inspiração que baste para quem ama, gostaria de amar, ou já sofreu por ter amado um dia.

Não há nada infinito. E talvez a beleza da vida esteja nessa certeza de que nada nunca será para sempre.

Vamos celebrar os finitos! Que cada início tenha um fim, ou um recomeço.

E que tudo que acabe, seja eterno enquanto dure.

 

autor: Amanda Armelin

Bocuda, nerd, tatuada. Cervejeira de carteirinha e louca por cachorros (principalmente bulldogs). Além do sorriso no rosto, mantém paixão absoluta por bacon e sexo.

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