De novo?

Trazia em si o olhar distante e cheio de silêncio. Era nada mais que a prova necessária pra entender que ali dentro o coração gritava. Sangrava. Escorria. Todas as vezes que sentira tal vontade de gritar, xingar e sair quebrando tudo o que tivesse pela frente, preferiu calar-se. Ausentava-se para não surtar.

Fechava-se no mundo que ela mesma construiu pra chamar de felicidade, onde todos os detalhes idiotas de outras pessoas valiam moedinhas de ouro e formavam um pote no fim do arco-íris.

No fim das contas, a falta de brilho naquele olhar, era quase um letreiro luminoso alertando que as pessoas são loucas ou burras demais para amar.

(E mesmo assim ela o fazia de novo, e de novo, e de novo).

SaiDaqui!

autor: Amanda Armelin

Bocuda, nerd, tatuada. Cervejeira de carteirinha e louca por cachorros (principalmente bulldogs). Além do sorriso no rosto, mantém paixão absoluta por bacon e sexo.

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