Desafio você em paz: dia 1

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É correto afirmar que falhei miseravelmente logo no primeiro dia.
Mas isso não é de tudo ruim: significa que estou mais alerta sobre esse ponto de mudança necessária em minha vida.

Logo eu, sempre tão orgulhosa de ser multitarefa, de dar conta com louvor de otimizar meu tempo e fazer tanta coisa diferente de uma só vez, notei o quão nocivo pode ser esse hábito quando mal gerenciado: no fundo, você faz nas coxas um pouco de cada coisa e no final do dia, não tem nada 100% resolvido.

Na metade do dia e no auge da minha frustração, decidi criar uma lista de tarefas, para assim executar apenas uma  de cada vez. Até que me dei conta que enquanto fazia isso, beliscava um pão, tomava café, respondia assuntos pessoais no whatsapp, resolvida um incêndio no email do trabalho e fazia carinho no meu cachorro.

Parei. Ri da minha própria desgraça e incapacidade extrema de seguir uma simples regra: fazer uma coisa de cada vez. Respirei fundo, terminei meu lanchinho da tarde. Dei mais um cafuné no cachorro, finalizei com um beijo na testa dele. Respondi o email do trabalho. Respondi minha amiga no whatsapp. Fechei todas as janelas do navegador, exceto a da lista. Organizei o dia por pequenas tarefas e tentei segui-las uma a uma, separadamente.

Notei o prazer que minha mente sentia ao completar cada uma individualmente: era uma sensação de dever cumprido, de encerramento de assunto; uma ideia gostosa de não ter que voltar naquele mesmo tema mais tarde no mesmo dia.

Engraçado que nesse meio do caminho, notei também que deu até mais tempo de cuidar de mim. De pausar na hora de comer. De respirar fundo algumas vezes no dia. De não pensar em nada na hora de fazer xixi, apenas sentir o prazer da bexiga esvaziando (desculpem se é informação demais).

Decidi que preciso praticar mais essa calma em concentrar-me em apenas uma tarefa: notei o quão saudável é admitir que não é orgulho nenhum equilibrar mil pratinhos ao mesmo tempo, que isso deve ser deixado para os circenses. Minha ansiedade é algo que definitivamente precisa de mais e mais controle, feito cachorro adestrado que dá orgulho de levar pra fora de casa.

Confesso que estava bastante cética quanto ao #desafiovoceempaz (topei a convite de uma amiga muito querida, como rede de suporte para ter com quem conversar) – mas olha: talvez eu estivesse precisando mais que ela. E acho que vou me aventurar bastante nessa jornada pelos próximos 30 dias. Vem comigo!

autor: Amanda Armelin

Bocuda, nerd, tatuada. Cervejeira de carteirinha e louca por cachorros (principalmente bulldogs). Além do sorriso no rosto, mantém paixão absoluta por bacon e sexo.

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