Entrevista sobre Massagem Tântrica

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Sempre fui dessas que busca saber mais sobre um assunto antes de falar a respeito (porque né? De gente falando merda a internet está cheia) e por isso, fui atrás de entrevistar quem sabe do assunto antes de expor minha opinião sobre MASSAGEM TÂNTRICA.

Conheci o Fábio por meio de amigos em comum no Twitter, que gentilmente cedeu uma entrevista ao SaiDaqui sobre o tema. Bora ler e conhecer mais sobre TANTRA?

O primeiro passo é se desvincular de seus tabus: esqueça tudo que você acha que sabe, e leia a entrevista abaixo de mente aberta. Enjoy 😉

1. Antes de mais nada, conte-nos um pouco mais de você e seu perfil como terapeuta. 
Meu nome é Fábio Neves, tenho 35 anos e minha história na terapia corporal é muito inesperada, pois toda minha formação acadêmica é da área de exatas. Porém, sempre fui fascinado pelo corpo humano, e em 2008 comecei a me aventurar nessa área: tudo começou com um curso de Yoga Massagem Ayurvédica na Companhia do Ser, onde mais tarde fui convidado a ser terapeuta e instrutor de alguns cursos.

2. Basicamente, com que cabeça as pessoas chegam até você em se tratando de tantra? O que elas esperam inicialmente?
De uma forma bem grosseira, podemos dizer que existem 2 grupos: Os que sabem o que precisam, e os que acham que sabem. Explico-me: muitas pessoas vem em busca de prazer (sim, isso realmente acontece), mas buscando o que elas conhecem por prazer; algo totalmente imposto, geralmente envolvendo poder e submissão, deixando o “sentir” no sentido literal, suprimido. A ideia para esse grupo e abrir a mente para o real significado de prazer.
Outro grupo vem realmente buscando solução de problemas envolvendo sexualidade (desde os mais simples até os mais complexos, envolvendo abuso e etc), ausência de prazer no ato sexual ou simplesmente para poder se conhecer melhor.

3. Que tipo de conceitos e explicações você normalmente dá para pessoas leigas no assunto, de modo a ensiná-las corretamente do que se trata a terapia tântrica?
Uma das primeiras orientações é de que a pessoa respeite seus limites. Nada deve ser imposto ou forçado. Quando falamos de Tantra a ideia é de poder se experimentar, num ambiente onde você não “tenha” que ser isso ou aquilo, onde você vai poder entrar em contato com o que você realmente sente, sem medo de julgamento. No Tantra, você vai entrar em contato com sensações e emoções natas, que foram destruídas ao longo do nosso desenvolvimento, para que pudéssemos estar dentro de um modelo social “aceitável”.

4. Qual é a indicação? Quem deve fazer a massagem tântrica?
Todos deveriam passar por uma experiência tântrica, haja visto que muitos de nós fomos instruídos de uma forma nada sadia com relação a sexualidade. Mesmo hoje, o conceito de sujo, proibido e diversos outros pontos negativos, ainda são atribuidos ao sexo, que nada maís é do que a fonte da vida e continuidade.
Falando de situações específicas, hoje muitas pessoas que nunca sentiram um orgasmo ou mesmo que não conseguem se satisfazer com suas relações, também procuram o Tantra. De uma forma resumida, é indicado para todos que não estão satisfeitos com a sua sexualidade e querem mudar isso.

5. Só existe um tipo de terapia tântrica ou existem “níveis” de intensidade (tipo o créu)?
Muitos espaços definem um método, mas aí, caímos no mesmo problema de não olhar com carinho para a pessoa que estamos cuidando. Existem diversos tipos de possibilidades dentro do tantra, desde a massagem, a meditações dinâmicas, a intensidade dos processos está ligada diretamente a entrega de cada um.

6. Me parece algo bastante íntimo e delicado, você atende qualquer um que queira fazer ou existe um processo de “filtro”?
Não há uma restrição, mesmo porque, se você segrega… não é Tantra, contudo, minha única restrição é para as pessoas que buscam sexo e o conhecido… para isso, realmente não vou agregar e ai perde o sentido o meu trabalho.

7. Muita gente confunde as coisas e vem com intenções erradas sobre o processo?
(Risos) isso é muito comum e até que bem vindo, principalmente quando as pessoas chegam a passar pela experiência de sentir. Depois da sessão com certeza a percepção passa a ser outra e muitas outras questões, muito mais relevantes, vem à tona.

8. Que benefícios a terapia tântrica pode trazer para a vida das pessoas atendidas?
– Melhora a forma como você se relaciona consigo e com as pessoas em sua volta
– Aumento da vitalidade
– Orgasmos mais intensos
– Melhora da criatividade
– Aceitação de si mesmo

9. É possível sentir orgasmos durante as sessões? Como?
Muitas pessoas pensam em orgasmos sendo gerados apenas através dos genitais (que são válidos, não devemos descartar isso). Mas, e se esse pulso orgástico pudesse ser disparado não só pelos genitais mas por qualquer parte e pudesse percorrer o corpo todo? Essa fórmula é única e cada um vai ter a sua: em sessão iremos descobrir como cada pessoa sente e a partir daí, expandir.

10.  Você trabalha o tal dos chacras das pessoas? O que são e como funcionam?
Sim… e de certa forma são eles que servem de indicadores de onde estamos engessados e não deixamos fluir nossa energia sexual. Trabalhamos com 7 chacras principais, onde o primeiro se localiza na base da coluna, e o último no ponto mais alto da cabeça. Podemos pensar no primeiro chacra como uma fornalha, que movimenta e dá a nossa chama de vida, o que nos liga as nossas necessidades básicas e existências. Pensando nessa fornalha, os demais chacras acabam sendo comportas… onde o ideal seira que cada uma mantivesse uma contenção suficiente para se aquecer e deixar passar essa energia até a próxima comporta. Quanto uma dessas comportas se fecha ou não sustenta energia o suficiente, começamos a ter os diversos problemas físicos ou emocionais.

11. Você, como terapeuta, acaba sentindo algum tipo de prazer mútuo durante as sessões? É uma sensação de troca ou de doação para a pessoa em questão apenas?
Prazer é algo subjetivo, mas posso dizer que existe uma movimentação energética que se inicia com o terapeuta e acaba por movimentar a energia de quem está recebendo. Fica fácil de entender pensando em um carro parado… ele ligado, eu empurro e ele volta a funcionar, até que você simplesmente volte ter a possibilidade de apenas virar o contato e ele funcionar. Essa chave, é a respiração, se o terapeuta, não tem sua energia correndo… não tem como fluir isso em quem recebe.

12. Que tipos de sensações as pessoas devem esperar das sessões?
Todas… mesmo porque, isso vai depender muito da história de cada um e como foi o desenvolvimento de sua sexualidade e relações de afeto.

13. Você também dá aulas para casais? Como funciona?
Existe a possibilidade do curso para casais, onde com a ajuda de mais uma terapeuta, é ensinado o básico da massagem tântrica, de forma que o casal possa aumentar a intimidade um com o outro e poder se curtir um pouco mais, não abandonando o conhecido, mas agregando mais uma possibilidade para curtir a intimidade.

14. É obrigatório ficar nu na sessão?

Não necessariamente, a nudez é interessante mas não é fundamental, todo esse processo da massagem tântrica, está envolvida com vínculo. Se não for confortável e aceitável, não deve ser feito.

15. Você atende homens? É comum isso acontecer?
Não com Massagem tântrica diretamente, mas dou cursos de massagem e também atuo com outras técnicas.

16. O que mais as pessoas precisam saber sobre o tantra antes de te procurar?
Que Tantra é uma possibilidade de expandir seus conhecimentos sobre si mesmo e sobre forma como você lida com a sua vida e sexualidade hoje.

17. Qual a duração média de uma sessão?
As sessões duram em média 1h30, e variam de caso a caso.

18. Existe algum preparo anterior?
Sim, estar disponível e com a cabeça aberta para o diferente.

19. Deixe seus contatos e métodos preferidos de comunicação.
http://www.fabiomassagista.com.br
fabiomassagista@gmail.com
Fone: 11 98263-2795
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E aí? Curtiram?

Que tipo de tabus foram quebrados com essa entrevista? É como vocês imaginavam que era?
Particularmente, achei super interessante e fiquei até com vontade de provar.
QUEM SABE NÃO CONTO SOBRE MINHA PRÓPRIA EXPERIÊNCIA NUM PRÓXIMO POST? 😉
Aguardem!

 

autor: Amanda Armelin

Bocuda, nerd, tatuada. Cervejeira de carteirinha e louca por cachorros (principalmente bulldogs). Além do sorriso no rosto, mantém paixão absoluta por bacon e sexo.

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