Feliz 22, monstrinha!

aline

 

Quando você nasceu, eu tinha pouco mais de quatro anos e entendia muito pouco da vida. Mas eu tinha certeza que você seria minha irmãzinha e que eu ia ser sua melhor amiga. Lembro-me de prometer para a mamãe umas mil vezes que ia cuidar de você.

Conversei tanto com a barriga da mamãe e te esperei com tanta ansiedade que acho que você quis sair mais cedo pra me conhecer. Algumas complicações aqui, umas grandes preocupações ali e tanta gente com medo de falar sobre você pra mim, que eu nunca entendi.  Você veio tão cedo que não pode sair tão logo do hospital; e eu, como era tão pequena, não podia entrar lá para te conhecer.

Alguma coisa estava errada e ninguém me contava o que era. Quando perguntei, me pediram para “entender que você era diferente” e eu nunca soube o que aquilo quis dizer. Quando finalmente vi a (agora nossa) mamãe, perguntei pra ela, com toda a ingenuidade de criança, se minha irmãzinha era um monstro, e disse que não tinha problemas se ela fosse feia, porque eu ia amá-la igual.

Acho que isso fez a nossa mamãe virar fera e brigar com o hospital todo para que eu conhecesse a minha irmãzinha na UTI. E quando eu te vi pela primeira vez, só consegui comentar que você era mesmo linda, e que as pessoas não sabiam o que estavam falando. Mamãe conta que eu cantei pra você e você até parou de chorar aquele dia.

E desde então, você foi minha irmãzinha. Minha loira, meu oposto, minha pequena, minha delicada.

Hoje você faz 22 anos e eu só posso agradecer por ter sido meu “monstrinho”. Você sempre foi e será meu exemplo.

Eu sempre vou te cuidar, defender e proteger do mal. Eu sempre vou brigar pela sua felicidade. Eu sempre vou ser sua irmãzona.

Eu te amo, e feliz aniversário, loira!

autor: Amanda Armelin

Bocuda, nerd, tatuada. Cervejeira de carteirinha e louca por cachorros (principalmente bulldogs). Além do sorriso no rosto, mantém paixão absoluta por bacon e sexo.

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