Itália: Roteiro Toscana (1 dia)

Ainda com base em Florença, queríamos conhecer a região da Toscana. Porém, sem tempo hábil pra ficar parando em todos os lugares, decidimos comprar uma excursão que cobrisse o máximo de cidades possíveis em 1 dia. O passeio incluía transporte de e para a estação de trem (pertinho do nosso hotel), almoço numa vinícola típica da região Toscana e as cidades de Pisa, San Giminiano e Siena.  Confesso que achamos que seria um porre ter que ficar de excursão, seguindo guia e ouvindo milhares de explicações desnecessárias perto de estranhos e desconhecidos, mas vida alegremente nos provou o contrário. Já conto porquê 🙂

Dia 1

Bom, acordamos cedo, tomamos café no hotel (ainda nem tinha aberto o horário do café, mas eles foram super gentis e deixaram um “kit” café da manhã pra viagem pra gente poder levar) e um táxi veio nos buscar, deixando na frente do ponto de encontro com o guia, onde ganhamos um adesivo colorido para identificar qual excursão participaríamos (eram várias diversas se reunindo por aí). Por volta de 9h, subimos num ônibus com gente das mais variadas etnias e eu senti um leve medo de morrer de boreness.

Mas as coisas começaram a melhorar quando descobrimos que o guia era brasileiro e que o ônibus tinha mais uma galerinha do Brasil e super animada. Claro que eu e mamãe, tímidas como somos (#sqn) já fomos fazer amizade com todo mundo!

De volta ao roteiro, a primeira parada era em Pisa. Ansiedade à mil para ver a tal torre e…decepção pura.

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Não que não seja linda, mas gente: sério. Pisa se resume à uma praça, com quatro monumentos. 1h30 dá e sobra pra tirar as fotos clichê segurando a torre e visitar todas as outras construções da praça. E foi exatamente o tempo que tivemos: na volta pro ônibus, partimos rumo à San Giminiano.

E posso dizer com certeza que foi a mais feliz surpresa de toda a viagem.  Com 51 hab/km², a cidade foi um importante ponto para as peregrinações até Roma e mantém a atmosfera feudal até hoje: com vistas inesquecíveis e uma gastronomia impactante, não deixe, em hipótese alguma, de provar o salame de javali, o queijo de cabra e o vinho branco Vernaccia (também nome da uva, delicada e aromática), todos típicos da cidade.

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Entre lojinhas de artesanato, cerâmica e temperos/vinhos, eu passaria fácil o dia todo por ali (já que a cidade também tem o museu da tortura, e a eleita melhor sorveteria do mundo). Como estávamos em excursão, tivemos apenas duas horinhas pra desbravar e apaixonar-nos pelo clima medieval que a cidade apresenta. Desnecessário confessar que ali deixei muitos de meus eurinhos e ACABEI completamente com o espaço que ainda me sobrava na mala, né?

De volta ao ônibus, fomos almoçar numa vinícola da região e provar o vinho feito 100% com a tal uva Sangiovese (da tradução literal, sangue de júpier). O vinho? Incrível (aliás, fica aqui de novo o comentário que comprar vinho na Itália é muuuito mais complicado do que estamos acostumados, saiba mais aqui). A comida? Bem mais ou menos (não fazia jus nem de longe à culinária maravilhosa Italiana). O atendimento? PÉSSIMO. Os garçons estavam claramente de bad mood porque “excursão não dá lucro” e fomos tratados como boiada. De fato a única parte desagradável do dia.


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Depois, a última parada era em Siena (e a essa altura do campeonato, confesso que já estava bastante exausta e desanimada) e de novo uma feliz surpresa: com a Duomo mais estonteante do dia (aliás, arrisco-me dizer que é bastante equiparável à duomo de Milão em beleza, cada uma à sua maneira) e uma praça principal cheia de história de páreos de cavalos, com fontes bonitas e cercada por barzinhos atrativos e simpáticos garçons, paramos ali com os brasileiros que fizemos amizade para tomar mais um vinhozinho porque ninguém é de ferro, né?

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Na volta, uma bela dormida no busão e ao chegar em Florença por volta de 20h30,  ainda tivemos pique para parar e provar a bistecca fiorentina, tão famosa na região, e…NOSSA SENHORA DA CARNE MARAVILHOSA, como eu vivi sem provar isso por quase 30 anos? Enfim, mais vinho, mais risada e mais spritzes depois, o corpo cobrou feio: caminhadinha rápida até o hotel, longo banho quente e PLOFT na cama, mortas de cansadas.

bistecca

autor: Amanda Armelin

Bocuda, nerd, tatuada. Cervejeira de carteirinha e louca por cachorros (principalmente bulldogs). Além do sorriso no rosto, mantém paixão absoluta por bacon e sexo.

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