Mijar no poste é esporadicamente necessário
Reclamem, rateiem, critiquem, discordem e odeiem à vontade: “mijar no poste” é esporadicamente necessário.
Desde sempre tive problemas com namorados e ciúme: ou tinham demais, ou tinham de menos; e nenhum dos extremos me atrai. Sempre corri de homens possessivos e desconfiados até da própria sombra (corra você também), mas sempre tive medo de homens que são “seguros demais”,
Concordo que todo mundo deve confiar no seu “taco” e possuir um certo nível de confiança e segurança, mas daí a ter ciúme zero, me incomoda: porque ninguém é tão foda a ponto de não precisar sentir nada. E não, não estou dizendo que todo mundo trai (apesar de achar que sim): todas as pessoas, no universo, gostam de ser valorizadas, e no campo amoroso não é diferente.
Eu por exemplo, posso ser apaixonada, louca pelo cara; mas sempre vou brochar um pouco a cada chance que ele perder de mostrar que se importa. E não é porque eu não saiba me defender não: muito pelo contrário. Dou com os dois pés no peito e saio rebolante no salto alto sempre que preciso. Respondo cantada na rua e tiro satisfação com pedreiragens alheias. Na internet, levo na brincadeira e sempre pago de joão sem braço, sempre colocando a pessoa em seu lugar. Faço questão de deixar claro que tenho namorado e que a pessoa não deveria sentir-se tão íntima comigo.
É natural que as pessoas confundam as coisas. É natural que outras pessoas se apaixonem por pessoas comprometidas. É natural que hajam “investidas”. O que não é natural, é que isso não incomode nenhuma das partes afetadas. Não é natural que eu permita, nem é natural que quem está comigo não se importe.
Meus problemas com pessoas que “não se posicionam” existem desde sempre. Mas a culpa foi sempre minha: por esperar do outro a atitude que eu tomaria. Chame louca se quiser, mas pra mim é natural comprar a briga e defender meu namorado de QUALQUER PESSOA que fale mal ou critique o namoro/namorado. Seja o papa. Seja a Xuxa. Seja minha mãe. O namorado é meu e não admito que falem mal dele. E quando acontece o contrário, gente que se omite me perde um pouco mais.
Nunca fui do tipo donzela em perigo, mas continuo afirmando: demarcar o território é esporadicamente necessário. Sou fã de pequenas demonstrações e acho que não machuca ninguém uma rosnadinha de vez em quando. Faz bem pra pele, pro coração, pro relacionamento e pra autoestima.
Continua valendo a lei do “e se fosse ao contrário”, sabe? Que tipos de comentários me afetariam? Em que situações o bom senso seria ficar quieta ou dar um chega pra lá na pessoa?
Sei lá. Chamem insegurança, machismo, feminismo, loucura, o que quiserem, mas eu sempre vu virar bicho quando mexerem com quem eu amo, e sempre vou esperar que façam o mesmo quando necessário. Pelo simples fato de que quando a gente gosta, é claro que a gente cuida.
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