O ar

o ar que nos protege

Por Ricardo Chester

Para o meu caro colega recém-chegado na propaganda[bb] gostaria de falar sobre uma coisa muito importante para a nossa sobreviência.

O ar.

Tá no ar.

Foi pro ar.

Serve para nossos pulmões, serve para a propaganda.

Na mesma proporção e relevância[bb].

O ar é que mantém nosso negócio[bb] respirando.

É difícil com poucos anos de profissão entender esse pensamento.

Eu sei.

Mas a propaganda e quem trabalha nela precisam do ar.

Sabendo que vai causar quizumba das boas, é o seguinte: tá mais fácil emplacar uma boa ideia[bb] num prêmio que inscrever uma boa ideia no ar. O que não é, convenhamos, uma maneira lá muito inteligente de pensar a sustentabilidade do nosso negócio.

Nem precisamos perder tempo com a questão de comprovantes de veiculação[bb],regulamentos[bb], essas coisas, meu caro colega recém-chegado na profissão.

Estou aqui para falar de outra coisa: a emoção de ver um trabalho seu no ar. O ar das telas, das páginas, dos alto-falantes. Em pixel, HD, quadricomia ou stereo.

O ar.

Pra você meu colega recém-chegado que tá na vibe do tanto faz, prestenção no que este maratonista pangaré tem a lhes dizer depois de ter levado alguns bons anos para aprender: o grande prêmio de uma boa ideia é o ar.

Aliás, sempre foi.

E nem tô falando isso só pra você receber tapinhas nas costas, que hoje também vêm em forma de posts nas timelines da vida de gente que você nem conhece.

Tô falando da satisfação de ver a sua ralação lá no lugar em que ela deve estar, cumprindo o seu papel: pagar o que você custa, gerar riqueza pro cliente que banca sua empresa e sua ideia, pra firma que te dá o serviço, o release da sua ficha técnica e paga suas inscrições em prêmios, pras empresas parceiras que ajudam seu trabalho a ficar bacana e, em maior escala, ajudar a roda da economia girar, para gerar mais propaganda e mais boas ideias e mais riqueza e por aí vai. Ou seja, parodiando um dos clássicos que foram ao ar: não basta ser genial. Tem que monetizar[bb].

É fantástico ser premiado, claro. Mas ver uma ideia que você gosta no ar, independente do que um júri tem a dizer sobre ela, olha, vou te contar, não é que seja o bicho. É toda a zoologia[bb].

O ar.

É no ar que sua tia-avó descobre que você, meu caro colega recém-chegado na profissão, decolou e sua carreira[bb] vai voar. E vamos combinar que ouro de tia-avó tem o peso de um grand-prix.

So, lets fly.

autor: Amanda Armelin

Bocuda, nerd, tatuada. Cervejeira de carteirinha e louca por cachorros (principalmente bulldogs). Além do sorriso no rosto, mantém paixão absoluta por bacon e sexo.

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