O prazer na dor

Existe prazer na dor? Sem a menor sombra de dúvida, sim.

E não me refiro somente ao sadomasoquismo, apesar da prática normalmente envolver o prazer sexual através de algum tipo de dor, desconforto ou incômodo.

Mas vamos incluir exemplos mais comuns, que não necessariamente tenham a ver com sexo: Tatuagem, por exemplo. A idéia de um conjunto de agulhas perfurando constantemente sua pele em troca de algo que deixe impressões eternas pode até assustar um pouco no começo, mas convenhamos, se o resultado não fosse agradável, não veríamos tanta gente se tatuando por aí. Sem falar no resultado bonito e satisfatório.

 

Doar sangue também dói. E ainda assim, tanta gente o faz. Pelo bem alheio, para se sentir útil de alguma forma, para fazer o bem, ou para se sentir um herói e salvar vidas desconhecidas. No fim das contas, qualquer um dos motivos ofuscam os pequenos momentos de dor no ato da doação em si.

E não somente física, mas a dor sentimental também pode trazer algum prazer: amar é lindo, mas quem se abre para o amor, corre grandes riscos de se machucar E ter um coração partido é uma das piores dores que um ser humano pode suportar.

Por outro lado, é nesse tipo de dor em que nos conhecemos de verdade. Pensamos na vida, fazemos novos planos, decidimos por mudanças, nos fortalecemos para seguir em frente. Isso sem mencionar no dilúvio de sensibilidade que nos inunda durante esse período. Já parou para pensar que as músicas, textos, quadros ou qualquer outra forma de arte mais lindos foram feitos em momentos de dor?

E dor, no fim das contas é apenas uma regra boba imposta pelos preconceituosos da soiedade Cada ser humano é único, responde de maneira diferente para qualquer tipo de estímulo e tem seu limite quanto ao que pode ser realmente considerado dor. Generalizar que “fazer algo dói” é simplesmente ignorar essa verdade.

Existe prazer na dor, sim. Basta respeitar seu próprio desejo e jogar no lixo esse livro idiota de regras nunca escritas da sociedade que se diz moderna.

SaiDaqui! 😉

autor: Amanda Armelin

Bocuda, nerd, tatuada. Cervejeira de carteirinha e louca por cachorros (principalmente bulldogs). Além do sorriso no rosto, mantém paixão absoluta por bacon e sexo.

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1 comentário

  1. Me bate? sua linda

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