O tweet que mudou a minha vida

Há anos as pessoas reclamam da minha postura na internet: algumas acham que eu me exponho demais ou que deveria falar menos sobre minha vida pessoal.

Claro que existem vários prós e alguns contras em ter uma vida online; mas com certeza todos eles me deram histórias divertidas para contar: gente que apareceu do nada em bares que dei checkin só pra me conhecer, gente que pediu abraço na balada, gente que me stalkeou no metrô, no ônibus; presente surpresa, bilhetes e flores anônimas e até brinquedos eróticos.

Não fosse pela internet, eu não teria conhecido meus melhores amigos. Não teria tantos contatos profissionais e nem conheceria tanta gente pelo Brasil afora como tenho orgulho de dizer que conheço hoje. Acho que não custa ser simpática e não dói lutar pelas causas que acredito. Se tudo isso me trouxer gente divertida pra vida real, que mal há?

Em anos de internet, as redes sociais já me ajudaram a solucionar problemas dos mais variados níveis: troca de emprego, adoção e ajuda de animais, promoções, viagens, eventos, pessoas, causas nobres, enquetes idiotas, textos, divagações e opiniões sobre todos os assuntos possíveis. O apelo textual e visual de tudo que eu posto é forte: a mesma menina toda tatuada, de fotos semi-nas espalhadas por aí, também fala de amor e de sexo, da maneira que a convém.

Claro que existe julgamento, preconceito, fofoce  e mal entendido. Mas também existe admiração, compartilhamento de ideias, novas pessoas para conhecer e muitas histórias para contar. Existe gente que confia e acredita na minha capacidade, que se identifica com minhas causas e que entende realmente quem eu sou. E é por elas, que eu continuo aqui.

Um certo dia, a internet mudou a minha vida: tuitei que casaria com alguém que me desse uma cachorrinha (especificamente da raça buldogue inglês) pra chamar de Gaia. Algumas piadas e retweets depois, um seguidor me disse que podia me dar uma, e que nem queria nada em troca.

Claro que não acreditei. Mas a história foi ficando séria, tomando forma, e em alguns dias descobri que não era mentira mesmo. Claro que quando a esmola é demais, o santo desconfia, mas com ele era diferente: ele explicou que me admirava pelas atitudes, que simpatizava com minhas causas, que tinha condições de me dar e que seria legal me dar um presente que eu queria tanto.

De olhinhos brilhantes, sonhei por semanas a fio com aquele focinho gordo me abraçando.

Hoje, recebi a foto dela, e agendei local e horário de pegá-la no fim de semana. Logo, me dei conta que a internet me deu mesmo, uma pessoa incrível, um amigo novo e o melhor presente da minha vida – tudo num tweet só.

Claudio, nem em um milhão de anos eu conseguiria expressar a alegria que você me causou com esse presente. É por pessoas de coração lindo como o seu que a vida segue valendo à pena. E pode ter certeza que cuidarei da Gaia o melhor possível, e que sempre, sempre e sempre me lembrarei do que você está fazendo por mim. Obrigada. Um milhão de vezes, obrigada.

autor: Amanda Armelin

Bocuda, nerd, tatuada. Cervejeira de carteirinha e louca por cachorros (principalmente bulldogs). Além do sorriso no rosto, mantém paixão absoluta por bacon e sexo.

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1 comentário

  1. Seja muito bem vinda coisinha fofa, você terá sem dúvida uma das melhores mães do mundo! queroapertarassimquechegar

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