Pelo fazer e não pelo gostar

Hoje, o texto é do @rbarato, que por sua vez, mandou muito bem em explicar que devemos trabalhar no que gostamos, e não pelo dinheiro.  Espero que gostem! (Eu adorei).

“Pelo fazer e não pelo gostar.

Certa vez um amigo me disse: “Não trates como prioridade quem lhe trata como opção”.


Frase que na época me ajudou ver que eu não estava feliz. Eu estava sim no lugar certo. Ótima empresa, salário bom e grande oportunidade de crescimento, mas descontente com o que eu fazia. Eu queria mais.


Não mais dinheiro, isso vem como recompensa do trabalho bem feito. Eu queria mais é ser feliz. Fazendo o que gosto.


Larguei tudo e inicei meu próprio negócio. Mas isso não vem ao caso, é história pra uma mesa de boteco.


O que quero dizer é que não adianta quanto nos pagam no final do mês ou o quanto nos respeitam dentro da empresa. Você pode ser o gerente nacional
de vendas de uma mega empresa de tecnologia. Nadar no dinheiro e nos finais de semana levar a família pra passear de iate, mas no fundo saber que tudo o que você queria era ser dono de uma pastelaria no centro da cidade.


Parece esdrúxulo não?


Pois não é! Eu tenho certeza que esse cara, o gerente nacional de vendas super rico, poderia ser TÃO rico (ou mais) rodando sua pastelaria no centro de terça à domingo das 9 as 23 horas com diferencial no pastel de 4 queijos. E além de rico ele seria mais feliz.


É simples. Ele estaria fazendo o que gosta. O que sempre quis fazer. E quando a gente faz aquilo que gosta nós fazemos bem feito! É o prazer de colocar todo nosso empenho e dedicação naquilo pra quando você menos esperar você ouvir: “nossa, seu pastel é maravilhoso, parabéns!”.


Pronto, o pastel poderia ter saido de graça pra aquela pessoa.


E é por isso que eu acho que ninguém, sério, ninguém deve se submeter a fazer algo que não gosta pelo simpes ‘tenho que pagar contas no final do mês’.


Vale mesmo a pena acordar pela manhã e dizer “puta madre, não tenho a mínima vontade de ir trabalhar hoje.”? Não vale. Não chega nem perto de valer. O gostoso é acordar com o despertador se espreguiçar, abrir um sorriso e dizer “hoje vou arrebentar no trabalho!”.


E a maior culpa disso é nossa. Que nos acomodamos com qualquer situação (talvez isso seja uma característica do brasileiro, não sei). Que volta ali naquela frase onde eu digo que acaba fazendo por ter que fazer. Por ter “contas pra pagar”.


Pagar contas todo mundo tem.


Eu prefiro pagar as minhas com o dinheiro que ganho sorrindo, e você?


Agora SaiDaqui e vá pedir demissão.”

autor: Amanda Armelin

Bocuda, nerd, tatuada. Cervejeira de carteirinha e louca por cachorros (principalmente bulldogs). Além do sorriso no rosto, mantém paixão absoluta por bacon e sexo.

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5 comentários

  1. Gostei do Texto…
    muito bom meeesmo…

    Acho que vou começar a estudar (prestar concurso não é fácil)
    Ainda mais quando se trabalha pro governo com os dias contados… =/
    Gosto daqui… é divertido… sussegado… e em definitivo… gosto do que faço…
    Não me arrependo de ter saido de um trampo e vindo pra outro como temporária..
    Agora é só estudar pra passar num de efetivo… ehehe

    Beijooooooos!

  2. Show, mas e quanto ao SPC e ao SERASA ? Algumas vezes, o que realmente gostamos de fazer não nos recompensa financeiramente e, feliz com o que fazemos, acabamos ficando tristes com o que deixamos de fazer com aquele polpudo sálario no final do mês como gerente nacional.

    Claro que vale muito a questão do “bem viver” e da qualidade de vida, mas acredito que todos escolhem e tem a escolha em mãos de sempre fazer algo que gostam e receber por isso, mesmo não sendo o seu sonho.

    E queria ter uma surf shop, morar na praia e curtir o surf em Floripa, como não posso, faço os tais websites pra galera e ganho meus trocados e ainda assim “eu me divirto muito” ! 😀

    Abrassssssssssssssssssssssss

  3. Isso tudo é muito bom na teoria. No mundo real, se você não paga suas contas, a financeira lhe toma o carro, a casa, o limite do cheque especial é ultrapassado….No mundo real, milhares de motoristas de ônibus, caixas de supermercado, recepcionistas, faxineiros, bancários, todos eles, acordam pela manhã e pensam ““puta madre, não tenho a mínima vontade de ir trabalhar hoje.” e ainda sim, vão, pois não tem outra opção, não tem condições de perseguir o seu sonho. O motorista de ônibus nasceu numa família pobre e não passou do primãrio. A caixa de supermercado queria fazer faculdade de jornalismo, mas tem que ajudar a mãe, que além de ser aposentada e receber um salário mínimo por mês de aposentadoria, é doente. As recepcionistas, faxineiros, bancários…
    O mundo real é cheio de pessoas que nunca passaram necessidade e tem idéias um tanto alteradas do mundo e seu funcionamento. Agora sai daqui e vai dizer pro “Seu Ademir” ali do posto de gasolina que ele deve parar de trabalhar como frentista pra pagar suas contas e ir perseguir seu sonho!

  4. Discordo em parte, infelizmente a profissão que eu escolhi me pagava bem menos do que eu realmente deveria ganhar pelo trabalho que eu fazia, e não era empresa, e sim academico. Logo, estamos no melhor lugar do país para trabalhar com academico, logo é uma merda de remuneração, logo não tem como viver.
    Resultado, fui trabalhar com algo que eu gostava (nao amava), mas que me pagasse pelo menos o minimo para poder sobreviver. Paciência, ter a pastelaria ou não é relativo. E relativo em uma série de pontos, aonde vc qr chegar? que tipo de felicidade vc procura? que tipo de emprego que te faz feliz? se é ter um carro de DOG, boa sorte, com uma miséria vc faz o seu negócio e é feliz. Se é algo maior de duas uma, ou vc tem PAItrocinio ou trabalha em uma merda de emprego, pra poder correr atrás do que ama.
    Se minha mãe ainda lavasse minhas cuecas, quem sabe eu não estava no meu primeiro emprego “dos sonhos”. Além do fato, que fazer as coisas com “dedicação”, “empenho” e “vontade” está mais ligado a que tipo de profissional você é, gostando ou não é SEU emprego.

    Do or Do not, there is no try – Yoda

  5. Texto muito bom e inspirador! E pra constar no blog, é polêmico… opiniões radicais acima.

    Concordo em partes com o que disseram sobre o “mundo real”. Acho que o ideal é unir prazer com remuneração, porém certas pessoas não tem essa oportunidade logo no primeiro emprego.

    Acredito ser um desses, mas meu caso é à parte: nunca passei fome, e sempre tive apoio financeiro quando precisei. Porém, meu problema não era a grana, mas sim descobrir algo que eu tivesse esse tesão de fazer. Por esse motivo, escolhi algo que tivesse facilidade de aprender, um mínimo de afinidade e cuja remuneração e perspectiva de emprego fossem legais.

    Se tiverem alguma idéia de como descobrir isso, me avisem =p

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