Relacionamentos Descartáveis

Sobre relacionamentos descartáveis.

Hoje, enquanto pensando na vida e em todas as mudanças boas e rasteiras traiçoeiras que ela me deu, acabei me dando conta de muita coisa.

Sobre como nossos relacionamentos são descartáveis, por exemplo.

Acho que uma das maiores dificuldades do ser humano é aceitar que nada dura pra sempre: Por mais que entender a teoria seja muito simples, todo mundo vive em busca de amor eterno, amizade eterna, vida eterna…O que não existe.

Vivemos cada vez mais dessa sociedade de plástico, onde tudo fica obsoleto antes do que imaginamos. Tudo se quebra fácil. Ao invés de consertar, cada vez mais optamos por jogar no lixo o que nem sempre está de todo estragado e comprar outro: mais novo, mais moderno, mais caro.

Talvez seja reflexo dessa cultura materialista e consumista que nossas relações também têm se tornado plastificadas e descartáveis. No fim das contas, é realmente mais fácil virar as costas para um amigo que lhe fez algo que você não gostou do que sentar e conversar não é mesmo? De repente você vai ali, tuita que precisa de amigos novos e “pluft!” –  eles aparecem.  Claro que isso perdura apenas até o primeiro empecilho que encontrarem.

Terminar um namoro porque ela gosta dos Beatles ao invés dos Rollings Stones, tem aquela mania irritante de passar a mão no cabelo enquanto fala e ser fanática por kart, coisa que você odeia. Afinal, é mais fácil procurar alguém que tenha seus mesmos gostos ao invés de ceder um pouco, não é mesmo?

Esse círculo vicioso de renovar relações por motivos bobos nos torna ainda mais idiotas: porque mostra que somos covardes. Que fugimos da real obrigação de fazer as coisas darem certo.

E que fique BEM claro que sou contra insistir e bater cabeças em algo que não é recíproco: não é desses tipos de relacionamentos que me refiro neste texto; e sim daqueles onde há amor, amizade, compreensão ou qualquer tipo de carinho ou sentimento forte e mútuo.

Tomara que logo todos abram os olhos, e notem que cada há cada vez menos relações duradouras no mundo. Cada vez mais separações, mais inimizades. Menos compaixão, menos ajudar sem esperar nada em troca. Mais mágoa, mais #mimimi, menos amor. E que daqui a 30 anos, não tenhamos cortado relações com pessoas que hoje gostamos tanto por motivos que logo nem lembraremos.

O que eu quero? Um mundo com mais entendimento, paciência e conversa. Com mais resoluções de problemas sérios e esquecimento de problemas bobos. Com mais amigos e amores que apareçam sempre. E que fiquem. Que se agreguem aos já existentes.

E SaiDaqui!

autor: Amanda Armelin

Bocuda, nerd, tatuada. Cervejeira de carteirinha e louca por cachorros (principalmente bulldogs). Além do sorriso no rosto, mantém paixão absoluta por bacon e sexo.

compartilhe esse post

9 comentários

  1. Adorei o post Amanda!
    Concordo em gênero, número e grau!

    Beijos!

  2. Hmmm, complicado esse post. Eu sou meio simplista… será q tenho essa visão do “descartável”? Pensarei a respeito… (fiquei preocupada agora, hahaha)

  3. Ótimo post!
    Sempre que percebo estar agindo assim eu tento parar pra pensar e analisar…
    Nem sempre somos evoluidos os suficiente pra conseguir perceber nossas falhas, mas creio que se todos tentarmos apurar nosso bom senso, o mundo certamente seria um lugar melhor…

  4. O que não me faz bem, não me faz falta!

    Descarto mesmo….

    HAHAHHAHAHAHHAHA

  5. Pra que complicar né? Basta que haja sinceridade para consigo e com o parceiro que tudo se encaminha, é mais simples não complicar. Vamos amarrrrrr!!!

  6. E é bem assim mesmo, parabéns, adorei….

  7. Ótimo post. Super concordo… essa busca pelo perfeito tmb atrapalha bastante. Aceitamos uns aos outros por inteiro, com suas qualidades, defeitos, gostos e sejamos felizes assim, juntos 😉

  8. Adorei!
    só falou o “compartilhar” no face ou no twitter.

enviar comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.