Seis anos em uma noite

O texto de hoje é colaboração especial de uma leitora que preferiu ficar no anonimato. Eu adorei. Espero que gostem 😉

Namoraram por 2 anos e por circunstâncias banais que não vêm ao caso, separaram-se.

Ela, entre erros e acertos seguiu (sem outra opção) seu caminho. Mudou de trabalho, de cidade, fez faculdade, conquistou novos amigos… talvez na busca insana e interminável de esquecê-lo.

Ele, formou-se advogado, tournou-se bem sucedido, tentou em vão envolver-se com outras.

Enquanto ela, se enganava pulando de um relacionamento para outro…Ficou sabendo que ele se comprometeu em um relacionamento mais sério. Pensou tê-lo perdido.

Seis anos se passaram e um casual encontro aconteceu em uma monótona e exaustiva sexta-feira, num bar qualquer da cidade que moravam. Ele, resolveu beber para relaxar após um dia cansativo…Ela, como de costume, encontrar-se com amigas para bater papo.

Entre um gole e outro, os olhos dela o encontraram: sentado em uma mesa no canto do bar. Ele percebe. Ambos ficam atônitos.

Ele a fita com os olhos querendo dizer coisas jamais ditas… Sequer pensadas…

Depois de muito flertarem, ela resolve levantar-se em busca de mais uma bebida. Ele a despe com os olhos e se aproxima lentamente sem dizer uma palavra. Toca-a delicadamente nas mãos, e ela sente-se corar; arder de desejo.

Saem juntos do bar… nenhuma palavra até o destino: o motel onde costumavam ir a exatos seis anos atrás.

Ele abre a porta do carro, gentil como nunca deixara de ser. Deseja-a como nunca. Era como se ele se desse conta só agora que esperava  por este momento desde que se separaram.

Beijam-se calorosamente. Carícias acontecem entre um beijo e outro e iniciam a transa mais frenética de suas vidas, ali mesmo na garagem. Fazem amor enlouquecidamente até gozarem juntos.

Nem  sobem até o quarto: recolhem suas roupas ali espalhadas pelo chão, vestem-se e ao som do próprio silêncio.

Entram no carro, mudos: Ainda anestesiados de tanto prazer. Sorriso bobo no rosto de ambos.

Antes de descer do carro, ela confessa: “As borboletas nunca se foram…”

Beija-o na testa, como nos velhos tempos… E sai sem olhar para trás.

Eles? Talvez se encontrem novamente daqui outros seis anos…

E SaiDaqui!

autor: Amanda Armelin

Bocuda, nerd, tatuada. Cervejeira de carteirinha e louca por cachorros (principalmente bulldogs). Além do sorriso no rosto, mantém paixão absoluta por bacon e sexo.

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2 comentários

  1. Sinto algo ao ler este texto! 😀 AMEI!

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