Tchau, 2017!

Que 2017 foi um ano conturbado, acho que todo mundo concorda. Particularmente, foi um dos anos mais difíceis da minha vida, emocionalmente falando.
Foi nesse ano que passou em que eu aprendi finalmente a simplificar as coisas: um sentimento é ou não é. Migalhas nunca serão suficientes para preencher um coração e o tempo se encarrega sempre de ajeitar as coisas: morno, definitivamente não me serve, em nenhum aspecto.
Fiquei sozinha demais. Chorei um tanto que transbordaria a Cantareira (logo eu, sempre tão dura na queda). Perdi as esperanças de ser feliz, senti-me causa perdida.
Fui tomada pela depressão. Perdi o emprego por incompetência de outras pessoas, que não foram capazes de cumprir as promessas que fizeram.
Aliás, de novo, foi um ano em que criei expectativas demais. TODAS frustradas. E que isso me sirva de lição em 2018.
Com meu corpo então, nem se fala: mais um ano na guerra da autoaceitação. Acho que um dos anos em que mais me senti feia na vida (isso porque perdi 20kg há um ano, ein?). Parei de tirar selfies. Deixei de me amar. Me culpo por isso.
Sabe, no fim um corpo é um corpo: pode não ser lindo, pode não estar como eu gostaria, mas é MEU. E eu não deveria deixar a opinião alheia influenciar o que eu acho dele. Aliás, um belo VAI SE FODER pra quem trata o corpo simplesmente pelo que ele pode se tornar, sem valorizar o quanto lutei pra chegar até aqui. Shame on me.
Enfim, o lado bom disso é que corri muito, me apaixonei pelo Crossfit e pretendo continuar me exercitando (quase) todos os dias. Prática leva à perfeição. Hábito é saúde, não estética (mantra). Em 2018 pretendo fazer mais por mim e muito menos pelos outros. Tentar me importar menos com o que dizem. Melhorar só porque sim, não porque me disseram que eu teria que fazer. Muito menos pra agradar ninguém.
Aliás, fica o conselho: minas, respeitem à si mesmas e seus sentimentos. Caras: respeitem as minas. Todas. Como se fossem suas mães, namoradas, irmãs.
E, se tem mais uma coisa que eu aprendi em 2017 é que o amor TEM que vencer. A vida não tem sentido sem ele.
Algumas pessoas foram embora, algumas decidiram ficar de vez. Agradeço à todas, sem exceção. As coisas acontecem do jeito que devem acontecer.
2017 foi dolorido. Foi real. Foi caos. Foi pingos nos is, foi cartas na mesa, foi ferida real. Foi literalmente o ano em que apertei o foda-se e comecei oficialmente a acreditar na roda do ka (alô referência da Torre Negra).
E quando eu menos esperava, 2017 me surpreendeu. Aos 45 do segundo tempo, quando eu já havia desistido, as coisas começaram a se ajeitar. As mudanças se mostraram efetivas, os aspectos da vida começaram a andar.
Depois de brigas cheias de verdades doloridas, me aproximei da minha mãe. Meu pai voltou a me procurar. Vi minha família com frequência. Meu cachorro piorou menos que o esperado (long story short, ele é muito bugado de nascença). As coisas no trabalho “novo” começaram a andar muito melhores que o esperado. Os congelados cresceram exponencialmente no boca a boca. Consegui freelas incríveis. Me livrei de um fantasma financeiro do passado. O dinheiro parou de faltar. A aceitação dos outros parou de importar tanto. E, por fim, um amor que eu já dava por terminado voltou a florescer.
Como se aquele último suspiro do “e se” fosse a força que faltava na tentativa de um “felizes enquanto houver vontade mútua” gritasse alto, deixei os medos, dúvidas, mágoas, mentiras, omissões e incertezas pra buscar o que tanto definem como amor em músicas, livros e poemas por aí.
De um jeito muito menos romantizado, ainda torto, inusitado e inesperado, deixei a razão de lado e por fim o coração falou mais alto. Por fim, pra calar a boca de todo mundo, decidi ser feliz.
Doa a quem doer. Custe o que custar. Falem o que quiser: talvez doida de mim que não me importe em expor sentimento (desculpa pessoal do “não conte a ninguém sobre sua felicidade”).
É que meu 2017 foi escondido e apagado demais pra deixar que 2018 não exale realidade: sinta o que sentir, preparem-se. Quero ser real. Quero ser o que o destino aguardar. Chega de silêncio, chega de solidão. Venham comigo nessa jornada, vamos desmistificar a perfeição da vida online. Aproximem-se. Estou aqui. Peito aberto, coração na mão, e seja o que papai do céu quiser. Entre alegrias e tristezas, que 2018 renove as energias, deixando apenas o que tiver que realmente ficar. Que seja intenso. Porque só sei ser o que sinto, sinto muito ??

autor: Amanda Armelin

Bocuda, nerd, tatuada. Cervejeira de carteirinha e louca por cachorros (principalmente bulldogs). Além do sorriso no rosto, mantém paixão absoluta por bacon e sexo.

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